CATETINHO:
uma oportunidade perdida
Palavras-chave:
patrimônio cultural, Bens Integrados, CatetinhoResumo
O artigo busca instigar o leitor a refletir sobre a importância da possibilidade de tombamentos integrais de determinados monumentos modernistas. Ou seja, do seu componente edificado, acrescido do conjunto de bens móveis e integrados que lhe dão “corpo e alma”, pensando que cada elemento tem um valor simbólico. O Catetinho nasce após a necessidade de o Presidente Juscelino Kubitschek visitar e acompanhar as obras da nova capital, Brasília. O edifício surge de forma muito rápida, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, sendo concluído em 1956. O “Palácio das Tábuas”, como era inicialmente chamado, é uma obra que chama atenção por sua simplicidade construtiva, apresentando um inestimável valor histórico e cultural. Do ponto de vista histórico, ele corresponde à primeira residência oficial em Brasília. E, do ponto de vista cultural, o Catetinho é o primeiro risco arquitetônico de Niemeyer no Distrito Federal. Além disso, em função da ambientação, decoração e objetos ainda preservados, é possível compreender os padrões estéticos da época e reconstruir parte da história de cada ambiente do “palácio”. Que objetos são esses que ajudam a resgatar a memória de um passado? De que forma a preservação desses objetos junto ao palácio ajudariam a população a entender a importância do que foi o Catetinho? Para responder essas perguntas o artigo utilizará como fonte de pesquisa a revista Módulo e Manchete, bem como o Inventário do Catetinho promovido pelo Iphan. O artigo se estrutura em Introdução, História e descrição do Catetinho, Musealização do monumento e Conclusão.
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