FLEXIBILIDADE NA ARQUITETURA ESCOLAR EM PERNAMBUCO
Uma análise dos edifícios-tapete da década de 1970
Palavras-chave:
arquitetura moderna, flexibilidade, arquitetura escolar, edifícios-tapete, arquitetura pernambucanaResumo
Este artigo trata da produção de edifícios escolares na Região Metropolitana do Recife na década de 1970, derivada das diretrizes do escritório MM Roberto para escolas em zonas pobres do Nordeste. Essas escolas apresentam filiação ao conceito de edifício-tapete, cunhado pela arquiteta Alison Smithson para designar estruturas cujas principais características são a desierarquização e a extensibilidade. Além de contextualizar o surgimento dessas escolas no contexto da Ditadura Militar, com as novas políticas educacionais e a criação do Programa de Expansão e Melhoria do Ensino Médio (PREMEM), o objetivo deste trabalho é divulgar uma produção arquitetônica tão pouco conhecida pela historiografia da arquitetura. O texto é apoiado por uma revisão bibliográfica e adentra o objeto de estudo por meio do mapeamento e análise dos projetos escolares e seus princípios de flexibilidade. Seus resultados apontam para o alinhamento de algumas dessas escolas ao modelo de edifício-tapete e o bom aproveitamento dos recursos de flexibilidade pelos projetos avaliados.
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