A Fachada e a Grelha
Edifícios Bristol e Júlio Barros Barreto
Palavras-chave:
fachada, grelha, Escola Carioca de arquitetura modernaResumo
Pedro Engel Penter Doutor em Arquitetura (PROARQ FAU UFRJ) Professor Adjunto na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pós-Graduação em Urbanismo, Universidade Federal do Rio de Janeiro pedroengel@fau.ufrj.br
Em Histoire de l’árchitecture moderne: structure et revêtement, Fanelli e Gargiani analisam planos de fechamento dos edifícios para elaborar uma história das soluções envolvendo o trinômio espaço, estrutura e fechamento. Seguindo este espírito, nos propomos a olhar para a arquitetura residencial produzida pela Escola Carioca de arquitetura moderna a partir da articulação entre fachada e grelha, indagando como elementos de estrutura e fechamento são combinados para estabelecer distintos modos de relacionar interior e exterior. Analisaremos os planos de fechamento de dois edifícios representativos desta produção: edifício Júlio Barros Barreto (1947-50, Irmãos Roberto); e edifício Bristol (1950, Lucio Costa). O objetivo é examinar soluções de fachada para o corpo dos edifícios endereçando dois temas caros para a arquitetura moderna brasileira: a fachada entendida como transição dilatada entre interior e exterior, e o emprego de filtros como dispositivos arquitetônicos polivalentes, que atuam com função de proteção, mas também como dispositivos plásticos.
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