http://revistabr.docomomobrasil.com/index.php/periodicos/issue/feedRevista Docomomo Brasil2023-04-20T02:13:11-03:00Revista Docomomo Brasilrevistadocomomobrasil@gmail.comOpen Journal Systems<p>A <strong>Revista Docomomo Brasil </strong>(ISSN 2594-8601) é uma iniciativa do Docomomo Brasil, criado em 1992 com o objetivo de contribuir para a valorização de nossa modernidade arquitetônica, urbanística e paisagística, tendo como emblemas a pesquisa, a documentação, a conservação e a troca de experiências entre diversos agentes sociais, para além da Academia.</p> <p>Com periodicidade semestral, o periódico tem como objetivo a divulgação de pesquisas, documentos, depoimentos, entrevistas, dossiês, projetos e resenhas bibliográficas na área da documentação, conservação e preservação das diversas manifestações do Movimento Moderno.</p> <p>Sob tais emblemas, convidamos pesquisadores, estudantes e profissionais de Arquitetura e Urbanismo e áreas afins a enviarem suas contribuições. Os artigos devem ser originais e inéditos e não podem estar sendo avaliados por outra publicação.</p> <p>Excepcionalmente, caso o conteúdo tiver sido abordado anteriormente em trabalho acadêmico, apresentação ou seminário, entre outros, uma nota deverá informar a instituição ou evento local, data e meio em que se expôs e por qual instituição foi acolhido, de modo a suprimir qualquer dúvida sobre ineditismo.</p>http://revistabr.docomomobrasil.com/index.php/periodicos/article/view/38MODERNIDADES, IDENTIDADES E GÊNEROS2023-04-19T22:42:26-03:00Helio Herbstemail@email.comMarta Silveira Peixotoemail@email.comRicardo Alexandre Paivaemail@email.com<p>-</p>2023-04-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Helio Herbst, Marta Silveira Peixoto, Ricardo Alexandre Paivahttp://revistabr.docomomobrasil.com/index.php/periodicos/article/view/45ATUAÇÃO DAS MULHERES NEGRAS NA ARQUITETURA MODERNA DO SÉCULO 202023-04-20T02:01:02-03:00Eloah Maria Coelho Rosaeloahmaria2@outlook.comRuth Verde Zeinruth.zein@mackenzie.br<p>A arquitetura brasileira atual é herdeira da arquitetura moderna do século 20, por conta da sua importância e influência na arquitetura contemporânea; no ensino das universidades, as disciplinas de Teoria da História da Arquitetura e Urbanismo enfatizam esse legado e relevância, amparado em livros referenciais que apresentam um panorama com alto grau de reiteração na menção de algumas obras e autores, quase sempre com ausência de exemplos significativos realizados por autores e autoras pertencentes às minorias sociais. Este artigo busca colaborar no reconhecimento e estudo de obras da arquitetura moderna realizadas por alguns desses profissionais invisibilizados pela historiografia corrente e do século passado, com foco na atuação de mulheres arquitetas, e em especial, das mulheres arquitetas negras, que atuaram no Brasil do século 20. A presente pesquisa busca ampliar essas referências para além das já debatidas, e valorizar a atuação das mulheres negras, que também foram responsáveis pela construção da arquitetura brasileira moderna.</p>2023-04-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Eloah Maria Coelho Rosa, Ruth Verde Zeinhttp://revistabr.docomomobrasil.com/index.php/periodicos/article/view/44PERMANÊNCIA DE EXCLUSÃO2023-04-20T02:01:05-03:00Izabelle Machadoizabellemlima@gmail.comCelma Chavescelma@ufpa.br<p>Este artigo aborda a permanência do quarto de empregada nas casas brasileiras. Para isto, adota-se como base conceitual o pensamento crítico contra a perspectiva hegemônica, que revela a naturalização de comportamentos sociais em prol das classes dominantes. Selecionou-se o recorte temporal entre 1948 e 1960, no contexto de modernização de Belém (PA), quando houve uma produção de residências modernas na cidade. Sobre este mesmo período, foram realizadas uma pesquisa documental no jornal local A Folha do Norte e uma análise programática de projetos arquitetônicos residenciais de arquitetura moderna. Plantas originais de três casas projetadas pelo engenheiro e arquiteto Camillo Porto de Oliveira e plantas de apartamentos-tipo de alguns dos edifícios habitacionais em altura mais relevantes neste contexto foram as bases do estudo. A análise revelou três pontos importantes: a forte demanda de mão de obra para tarefas domésticas; a recorrência da presença do quarto de empregada nas residências analisadas; a adaptação deste ambiente a novos modos de vida, como a moradia em altura. A discussão aponta que mesmo diante do pressuposto de inovação – ao qual apontava a arquitetura moderna – e das adaptações do modo de morar, a arquitetura continuava a limitar o lugar da mulher negra e pobre dentro dos lares brasileiros. Faz-se necessário aprofundar o olhar sobre esse tema em discussões historiográficas da arquitetura, com a perspectiva de construir narrativas contra hegemônicas.</p>2023-04-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Izabelle Machado, Celma Chaveshttp://revistabr.docomomobrasil.com/index.php/periodicos/article/view/43TRABALHO, CRENÇA E FESTA2023-04-20T02:01:08-03:00José Antônio Viana Lopesjose.lopes@undb.edu.brPaulo Henrique Correia Silva Sá Valephdevale@gmail.com<p>Esse artigo busca entender as bases da arquitetura moderna maranhense abordando um tema caro à arquitetura brasileira, a integração das artes plásticas. A pesquisa coloca em evidência a integração da arte à arquitetura moderna em São Luís. Para uma primeira aproximação a esta problemática, o estudo identifica os murais, painéis e esculturas presentes nos edifícios modernos construídos nas décadas de 1960 a 1980, em São Luís. Em um segundo momento, interrogando este acervo, a pesquisa coloca questões como: a arquitetura moderna maranhense tentou realizar a síntese das artes? Que arquitetos propuseram a integração da arquitetura com as artes plásticas? Em que projetos ou obras? Quais foram os artistas plásticos que contribuíram com sua arte para a arquitetura local? Através de que obras? Quais suas relações com os arquitetos modernos? A partir destas indagações, o artigo encontra, analisa e apresenta as trajetórias do arquiteto Cleon Furtado (1929 - ), formado na Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP) e do artista plástico autodidata Antonio Almeida (1922 - 2009), oriundo de Barra do Corda no interior do Maranhão, pioneiros do modernismo local e responsáveis, a partir do encontro de seus trabalhos e de suas experiências, pela integração das artes na arquitetura moderna maranhense.</p>2023-04-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 José Antônio Viana Lopes, Paulo Henrique Correia Silva Sá Valehttp://revistabr.docomomobrasil.com/index.php/periodicos/article/view/42CAMINHOS CRUZADOS2023-04-20T02:01:11-03:00Julia Pela Menegheljuliapelam@gmail.com<p>A presença feminina no contexto da arquitetura moderna no Brasil é apresentada de forma bastante restrita na bibliografia especializada, cuja narrativa principal destaca, majoritariamente, um determinado grupo de arquitetos e suas produções como centrais na consolidação do moderno brasileiro. Tal abordagem acaba por invisibilizar a participação de outros e novos atores e as particularidades das expressões locais. Compreendendo a necessidade de uma revisão historiográfica, busca-se outras formas de refletir a participação das mulheres no cenário profissional, pensando não somente na esfera individual, mas também a partir de um conjunto de trajetórias, considerando a rede de relações existente em torno dessas personagens. Para tanto, propõe-se uma análise combinada entre a arquiteta capixaba Maria do Carmo Schwab, figura central da discussão, e três outras personagens que cruzam seu caminho profissional e acadêmico – Giuseppina Pirro, Carmen Portinho e Lygia Fernandes. Desse modo, reconhece-se paralelos entre suas trajetórias, indicando vinculações possíveis, bem como a versatilidade e amplitude de suas atuações, ainda em um contexto desfavorável, apontando, mais uma vez, o apagamento dessas figuras. Além disso, tendo como ponto de partida a trajetória da própria arquiteta, sendo ela a indicar os caminhos a serem investigados, possibilita-se o rompimento com a reprodução de análises lineares que identificam padrões principais e suas variações, permitindo novas linhas de pensamento. Vê-se, portanto, a interpretação de uma trajetória a partir da rede feminina de relações ao seu redor como potencial abordagem na revisão historiográfica.</p>2023-04-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Julia Pela Meneghelhttp://revistabr.docomomobrasil.com/index.php/periodicos/article/view/41ROSA KLIASS2023-04-20T02:01:14-03:00Aline Coelho Sanchesalinecoelho@sc.usp.brAmanda Saba Ruggieroamandaruggiero@usp.brLuciana Bongiovanni Martins Schenklucianas@sc.usp.br<p>Rosa Grena Kliass (São Roque, 1932) estudou arquitetura na FAU-USP (1951- 1955). No início da carreira, participou, com o escritório do arquiteto Jorge Wilheim, da elaboração de vários planos urbanísticos, dentre os quais o de Curitiba (1965-66), em que foi responsável pelas áreas verdes. Em seguida, atuou na prefeitura de São Paulo e propôs o Plano de áreas verdes de recreação do Município, elaborado entre 1967 e 1969, em colaboração com a colega Miranda Martinelli Magnoli. O projeto recebeu, em 1969, o II Prêmio Anual do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), como melhor da Categoria de Planejamento Urbano e Regional. Em 1976, fundou e tornou- se a primeira presidente da Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP), cargo que voltaria a ocupar por diversas vezes até os anos 2000. Foi professora adjunta na Universidade Mackenzie, SP; entre 1974 e 1977; na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PR, de 1980 a 1981, e na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Brás Cubas, Mogi das Cruzes, SP, 1981. Assumiu a Diretoria de Planeja mento da Secretaria Municipal de Planejamento de São Paulo (SEM PLA), entre 1983 e 1986. Concomitante a estas atividades, realizou no seu escritório, desde 1970, trabalhos nas mais variadas escalas envolvendo o Planejamento Ambiental e Paisagístico, Planejamento Regional, Parques Urbanos e Projetos Paisagísticos para edificações. Exemplos importantes desta produção foram os desenhos para o Vale do Anhangabaú, o Parque das águas em Belém, o Parque Memorial Madeira Mamoré e o Parque da Juventude, vencedor do Prêmio Ex Aequo na premiação anual do IAB e do Primer Prêmio Internacional de Arquitetura Paisagística na XIV Bienal Internacional de Arquitetura de Quito, em 2004. Rosa Kliass recebeu várias homenagens como a Sala Especial “Rosa Kliass: Desenhando Paisagens e Construindo do uma Profissão” na 6ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, em 2005. Sua longa trajetória foi assinalada pela ética, pela integração dos saberes sobre a paisagem e pelo engajamento na consolidação do campo da arquitetura paisagística no país.</p>2023-04-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Aline Sanches Coelho, Amanda Saba Ruggiero, Luciana Bongiovani Martins Schenkhttp://revistabr.docomomobrasil.com/index.php/periodicos/article/view/40O PENSAMENTO DE CARMEN PORTINHO E A HABITAÇÃO POPULAR2023-04-20T02:01:17-03:00Ana Paula Polizzopolizzo@fau.ufrj.brLuisa Serran Veloso de Castroluisa.serran@gmail.com<p>Este artigo busca lançar um olhar renovado ao pensamento da engenheira e urbanista Carmen Portinho e seu trabalho no Departamento de Habitação Popular (DHP), sob a perspectiva dos corpos femininos. Através da análise de seus artigos publicados no jornal Correio da Manhã no ano de 1946, busca-se lançar luz sobre as questões trazidas pela urbanista a partir de uma preocupação sobre o trabalho reprodutivo das mulheres, trazendo para a discussão os pensamentos feministas, arquitetônicos e urbanistas da época. Tem por objetivo investigar se os pensamentos da feminista tiveram reflexos nos projetos elaborados, a partir de uma perspectiva do uso dos corpos femininos gerados nos conjuntos residenciais projetados pelo DHP, como também identificar como as mulheres moradoras e seus papéis sociais eram vistos e compreendidos na relação com os conjuntos projetados. Apresenta também a presença de diferentes papéis realizados por mulheres, o da urbanista, o das moradoras e o das assistentes sociais, que trabalhavam nos conjuntos.</p>2023-04-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Ana Paula Polizzo, Luisa Serran Veloso de Castrohttp://revistabr.docomomobrasil.com/index.php/periodicos/article/view/39PATRIMONIO MODERNO Y GÉNERO2023-04-20T02:00:47-03:00Carolina Quirogaarq.carolinaquiroga@gmail.com<p>Las mujeres fueron parte fundamental de la construcción de las identidades de la arquitectura, el urbanismo, el diseño y el paisaje del Movimiento Moderno en todo el mundo. Sin embargo, la historia fue escrita en base a un relato que priorizó a los grandes maestros y sus objetos icónicos. En este contexto, este artículo tiene como objetivo visibilizar los aportes de las mujeres en el patrimonio moderno en Argentina, el contexto de dificultades donde desarrollaron sus carreras y se centra en la obra de tres arquitectas: Delfina Gálvez Bunge, Carmen Córdova y Elena Acquarone. Muy lejos de situarlas como heroínas reproduciendo el canon, estas notas pretenden en un sentido más amplio invitar a reflexionar acerca de la perspectiva de género como un abordaje que permite recuperar figuras, producciones y territorios ocultadas por los discursos hegemónicos para poder trazar cartografías más inclusivas del patrimonio moderno.</p>2023-04-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Carolina Quirogahttp://revistabr.docomomobrasil.com/index.php/periodicos/article/view/47TANIA HORTA E O CENTRO DE ATIVIDADES DO SESI, CRATO-CE, BRASIL2023-04-20T02:00:51-03:00Hévila Ribeirohevilacr@hotmail.comWylnna Vidalwylnna.vidal@academico.ufpb.brAdriana Leal de Almeidaadriana.leal@academico.ufpb.br<p>Este artigo tem como objetivo apresentar a arquiteta carioca Tania Horta e o seu projeto para o Centro de Atividades (CAT) do Serviço Social da Indústria (SESI) na cidade do Crato – CE (1973). Propõe-se uma perspectiva a partir de duas “margens”: a de gênero, com a invisibilidade das mulheres na historiografia; e a da produção da arquitetura moderna no sertão nordestino. As soluções empregadas no projeto do CAT SESI permitem estabelecer pontos de contato disciplinares com outras obras realizadas entre as décadas de 1960-1970, com uma arquitetura caracterizada pela racionalidade construtiva, em diálogo com a industrialização da construção civil. Em 1979, a revista AB Arquitetura apresentou o projeto ao público especializado. Considerando que se trata de uma divulgação pontual, busca-se, a partir da análise da documentação disponível sobre o projeto e do acervo e relatos da arquiteta, trazer para o âmbito acadêmico a oportunidade de retirar a sua trajetória do anonimato. A mulher arquiteta e o edifício moderno no sertão nordestino, vistos em conjunto, apontam para a necessidade de ampliar o olhar sobre as margens, sinalizando um potencial de pesquisa para o campo disciplinar.</p>2023-04-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Hévila Ribeiro, Wylnna Vidal, Adriana Leal de Almeidahttp://revistabr.docomomobrasil.com/index.php/periodicos/article/view/46CRÔNICAS E ANÚNCIOS:2023-04-20T02:00:58-03:00Sabrina Studart Fontenele Costaemail@email.com<p>Este texto busca apresentar uma leitura dos espaços domésticos e públicos a partir de uma pesquisa realizada em crônicas e anúncios de jornais que tratam de sugestões para a “mulher moderna”. Utiliza-se como recorte a cidade de São Paulo em meados do século XX, período em que a presença feminina passa a ser mais frequente e intensa na vida urbana, seja pela busca de ampliação da formação educacional, pela entrada no mercado de trabalho ou pelo estímulo ao consumo das mulheres nas galerias. Em São Paulo, a ideia de modernidade vinculada à figura feminina se relaciona com a possibilidade de usufruir de novos programas e espaços da metrópole, novidade para a mulher de classe média e alta que até então tinha como território a intimidade do seu lar. Nos anúncios e crônicas publicados nos jornais, a ideia da “mulher moderna” está vinculada à pessoa que circula livremente pela cidade, como também aquela que é responsável pela organização das atividades domésticas. Imagens e textos tentam alcançar alguém que está informada das novidades, de um modo de se vestir arrojado, nos cuidados com a casa e nos novos percursos urbanos. Para este artigo foram utilizadas como fonte de uma pesquisa qualitativa histórica os anúncios e crônicas do jornal O Estado de S. Paulo entre as décadas de 1930 e 1960, textos literários e estudos que discutem a domesticidade do período e revelam a presença feminina no Centro de São Paulo.</p>2023-04-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Sabrina Studart Fontenele Costa